Os recordes sucessivos no preço internacional das carnes prosseguiram em setembro, de acordo com a FAO. Mas graças, exclusivamente, à carne bovina, cujos preços atingiram, novamente, recorde histórico.
Desde o início do 2º semestre, mês a mês, o mercado mundial de carnes vêm operando com recordes contínuos, deixando para trás os 126 pontos que permaneciam como valor máximo desde junho de 2022. Em setembro passado atingiram a casa dos 127,82 pontos.
No entanto, a contribuição única para esse desempenho vem, quase exclusivamente, da carne bovina que, em relação ao preço-base (100 pontos no triênio 2024/16), chegou a setembro passado sendo comercializada por valor equivalente a 144,93 pontos, ou seja, com valorização de, aproximadamente, 45% – 15,5% dos quais foram registrados nos últimos 12 meses.
Com preço estável nos últimos três meses, a carne suína chegou a setembro com valorização – quase 10 anos depois do período base – de somente 13%. Em relação a setembro de 2024 foi um ganho de 1,5%.
Menos mal, portanto, do que o registrado com a carne de frango, cujo preço em setembro foi quase 6% inferior ao do mesmo mês do ano passado. De toda forma, após sofrer queda em agosto, o preço registrado em setembro permaneceu estável, acumulando (em relação ao ano-base) 114 pontos, ou seja, índice muito similar ao da carne suína.
O mesmo quadro é observado internamente, em relação às exportações brasileiras. Nos nove primeiros meses de 2025 o preço da carne bovina valorizou-se 17%, enquanto o da carne suína obteve ganho superior a 9%.
A carne de frango, com o episódio de IAAP na avicultura comercial, continua sofrendo retração no preço. Entre janeiro e setembro, o valor médio alcançado foi 1,37% inferior ao de idêntico período de 2024.