Setor registrou alta de 17% no volume de transações, enquanto que, ao considerar todos os setores, a média foi de 13% na comparação com 2024.
As fusões e aquisições no Brasil cresceram 13% no primeiro semestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024. Neste contexto, o agronegócio está ainda mais aquecido com uma alta de 17%, de acordo com dados da PwC Brasil. Neste ano, o acumulado geral é de 706 transações, porém a previsão é de que até o fim do ano este ritmo desacelere.
No contexto geral, o resultado representa um período de recuperação após uma fase de poucas operações em 2022 e 2023. No entanto, o ritmo de crescimento, que chegou a 23% no primeiro trimestre, desacelerou nos meses seguintes, impactado por fatores geopolíticos e incertezas globais. No agronegócio, os números foram puxados pelo desempenho nos segmentos de agropecuária (de 2 para 9 transações), avicultura (de 2 para 5) e laticínios (de 1 para 4).
Em contrapartida, empresas de fertilizantes e defensivos registra uma queda nas operações, de 7 para 1 transação em 2025. A retração é atribuída a um mercado com excesso de estoque e queda de preços em 2023 e 2024, que desincentivaram as negociações.
Sobre as perspectivas futuras, a PwC aponta que, embora o agronegócio continue a atrair interesse, a tendência para o segundo semestre é de estabilidade ou ligeira queda, motivada principalmente pelos impactos das tarifas norte-americanas e pelas incertezas da reforma tributária. O relatório, porém, indica que com a força do agronegócio brasileiro, este é um setor que continuará a atrair interesse, com uma forte consolidação local e segmentos como fertilizantes, bioenergia e usinas de açúcar e álcool mostrando sinais de movimento para 2026-2027.