O custo de produção no confinamento pode ser um grande desafio para os pecuaristas, especialmente porque a alimentação chega a representar mais de 90% dos gastos. Por isso, os bovinos engordados devem ser eficientes. E gado eficiente garante até R$ 200 a mais do que um bovino ineficiente.
Segundo o médico-veterinário Marcelo Ribas, da Ponta Agro, animais com baixo desempenho nutricional podem consumir 1,5 kg de matéria seca a mais por dia, sem traduzir isso em ganho de peso.
Essa diferença impacta diretamente o bolso do produtor, especialmente em confinamentos de grande escala.
Pesquisa destaca ganhos financeiros e ambientais
Um estudo recente da Ponta Agro revelou que bois eficientes geram até R$ 200 a mais por animal durante o período de confinamento, em comparação com os ineficientes.
Essa diferença se deve ao menor consumo de matéria seca e melhor conversão alimentar, além de outros benefícios, como menor emissão de metano e redução de áreas necessárias para produção de alimentos.
No confinamento de 10.000 cabeças, isso pode representar até R$ 2 milhões de economia para o pecuarista.
Tecnologia e genética como aliadas
Desde 2013, a Ponta Agro desenvolve ferramentas para avaliar a eficiência alimentar dos animais, permitindo que os pecuaristas selecionem geneticamente os mais rentáveis. O índice de custo alimentar em confinamento (ICAP) é uma dessas ferramentas, que mensura os custos com precisão regional e sazonal.
Além disso, touros como o Diplomata, destaque da Fazenda Agronova, têm liderado os rankings de eficiência, mostrando que a seleção genética também impacta diretamente na rentabilidade.
Outros exemplos de trabalho que estão turbinando a seleção genética para a melhor eficiência alimentar do gado estão a Genética Aditiva, o Nelore Paranã, o Rancho da Matinha, a EAO, a JBJ e a Mafra Agropecuária.
Lucro maior e carne de qualidade
Marcelo Ribas reforça que bois eficientes não apenas consomem menos, mas também atingem melhores pesos de carcaça, garantindo uma carne de qualidade superior.
Isso é um ganho para toda a cadeia, do produtor ao consumidor final. Além disso, o uso de animais com genética eficiente contribui para uma pecuária mais sustentável e alinhada às demandas ambientais.
Parceria para a inovação
Iniciativas como a colaboração entre o PMGZ da ABCZ e empresas como a Friboi têm impulsionado o uso de touros eficientes, como os da Genética Aditiva, contribuindo para uma pecuária moderna, lucrativa e responsável.
Assim, cada escolha no manejo e na seleção genética representa um passo a mais para um setor mais competitivo e alinhado às exigências do mercado.
