João Martins discursou na abertura do Benchmark Agro, na quarta (29).
O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, falou, na abertura do “Benchmark Agro – Custos Agropecuários 2025″, da importância do Projeto Campo Futuro em gerar informações, inteligência e previsibilidade em custos de produção aos produtores rurais.
O evento realizado na quarta (29), sede da CNA, reuniu especialistas, entidades, produtores rurais e presidentes de Federações estaduais de agricultura e pecuária para debater competitividade, terceirização para a colheita de grãos, biocombustíveis, tendências globais e desafios estratégicos de atividades produtivas.
Ao dar as boas-vindas aos participantes, o presidente da Confederação falou que o Benchmark Agro marca o encerramento de mais um ciclo do Projeto Campo Futuro, iniciativa do Sistema CNA/Senar.
João Martins fez um balanço dos números do projeto em 2025. O Campo Futuro esteve com mais de 1.500 produtores de todo o Brasil, realizou 147 levantamentos de custos de produção de mais de 40 atividades agropecuárias em 134 municípios distribuídos por 21 Estados.
“Números que mostram nosso esforço para entender as realidades regionais e apontar caminhos para maior eficiência técnica e financeira”, disse.
Ao falar da safra de grãos 2024/2025, Martins disse que as melhores condições climáticas desse ano favoreceram a produtividade que atingiu recorde histórico de 350,2 milhões de toneladas colhidas.
“Entretanto, os custos de produção que se desenham para a próxima safra estão maiores em função do aumento no preço dos insumos, além das perspectivas climáticas inferiores se comparadas a 2025. Nossas primeiras estimativas sinalizam redução de 15% na margem bruta da soja para safra 2025/2026”.
No mercado pecuário, o aumento no abate de fêmeas associado a menor oferta mundial e demanda aquecida têm sustentado os preços da arroba do boi gordo e do bezerro, cenário que favorece os resultados econômicos da atividade. “Mas ainda temos grande potencial para avançar em produtividade”.
“Apesar do progresso observado nos últimos anos, com maior adoção de tecnologia, intensificação de sistemas e gestão mais eficiente, a pecuária brasileira segue com margem para crescer em escala e eficiência”, afirmou.
Esforços – Segundo João Martins, é justamente nesse ponto que o Sistema CNA/Senar tem concentrado seus esforços, “levando conhecimento, capacitação e ferramentas de gestão ao produtor, de modo a transformar produtividade em rentabilidade no campo. O futuro exigirá ainda mais preparo”.
O Campo Futuro, de acordo com João Marins, continua evoluindo, oferecendo análises detalhadas de custos e perspectivas de mercado, reunindo especialistas do Brasil e do mundo para discutir as tendências globais do setor.
As informações geradas pelo projeto do Sistema CNA/Senar é uma ferramenta estratégica que permite ao produtor enxergar além do presente e planejar sua atividade com mais segurança.
“No mundo dinâmico e competitivo do agronegócio, prever cenários e tendências é crucial para garantir a sustentabilidade e a rentabilidade no longo prazo”, afirmou Martins.
Ao encerrar seu discurso, o presidente a CNA reafirmou o compromisso da CNA com “o desenvolvimento contínuo do agro, com foco na valorização do produtor rural e na construção de um setor mais preparado, inovador e resiliente para enfrentar desafios e aproveitar as oportunidades que virão”.
















































