A Associação Rede ILPF cumpre desde segunda (1) agenda cheia na 48ª Expointer, em Esteio (RS). Entre palestras; participação em seminários; reuniões com autoridades, produtores, técnicos, entre outros especialistas; bem como a demonstração, por meio de óculos de realidade virtual, de como funciona uma propriedade com Sistema de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), a programação se estende até quinta (4).
A Rede ILPF e o governo do Estado do RS desenvolvem o Programa Integra RS, com o objetivo de estimular a expansão do Sistema ILPF em solo gaúcho, que tem estimativa de ocupar hoje aproximadamente 2,216 milhões de hectares.
“O Brasil tem 159 milhões de hectares de pastagens que podem ser convertidos em áreas de ILPF, ampliando ainda mais a área de produção agropecuária no País sem qualquer necessidade de novas aberturas”, assinala o presidente-executivo da Rede ILPF, Francisco Matturro. Atualmente, a ILPF chega nacionalmente a cerca de 17,4 milhões de hectares, indicam números da Rede. “A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta significa a emancipação do produtor. De que forma? Porque tem uma renda de curto prazo, que são as lavouras de grãos e cereais. Tem o gado no médio prazo e o componente florestal no longo prazo”, ressalta Matturro.
Confira a programação da Rede ILPF na Expointer:
:: Quinta (4)
9h às 10h – Demonstração por meio de óculos de realidade virtual de como funciona na prática o Sistema ILPF em uma propriedade rural – Estande do Governo no Pavilhão Internacional
9h às 10h – Painel: Construindo o Futuro da Agropecuária Gaúcha – Arena do Governo no Pavilhão Internacional
14h às 15h – Painel: Resultados do Programa Integra RS – Arena do Governo no Pavilhão Internacional
ILPF, benefícios socioeconômicos e ambientais
A ILPF é uma estratégia de produção que combina diferentes sistemas produtivos: agrícolas, pecuários e florestais em uma mesma área, seja em consórcio, sucessão ou em rotação de culturas, gerando benefícios para todas as atividades. A prática intensifica de modo sustentável o uso da terra, protege e fertiliza o solo, promove a economia de insumos e consequente redução de custos, e simultaneamente eleva a produtividade em uma mesma área, diversificando produção e fontes de receita.
Ao mesmo tempo, o Sistema é ambientalmente correto, com baixa emissão de gases de efeito estufa e permite o sequestro de carbono, tornando a atividade mais resiliente às mudanças climáticas. Culturas agrícolas como grãos [soja e milho] e produção de fibras [algodão] podem ser utilizadas na ILPF.
A modalidade pecuária contempla, sobretudo a bovinocultura de corte ou leite e a parte florestal envolve a silvicultura, com destaque, por exemplo, para o plantio de eucaliptos. Diferentemente do senso comum, a ILPF pode ser adaptada para pequenas, médias e grandes propriedades, em todos os biomas brasileiros.
A Rede ILPF mantém versões dos Programas Integras em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul – além de convênio em nível nacional com a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ).