A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC) deram mais um passo importante na consolidação do melhoramento genético dos rebanhos catarinenses. Na última quinta-feira (9), em Chapecó, as entidades promoveram a reunião de entrega das primeiras doses de sêmen Angus do Projeto de Difusão de Genética Superior para Eficiência Alimentar, em parceria com a Associação Brasileira de Angus e Ultrablack.
O evento integrou a programação da Exposição Nacional Angus & Ultrablack e ocorreu no Marquês Angus Parrilla, no Parque Dr. Valmor Ernesto Lunardi, reunindo produtores rurais, lideranças do setor agropecuário, supervisores e técnicos da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), supervisores regionais do Senar/SC, entre outros representantes do segmento.
A ação é fruto do convênio firmado entre o Sistema Faesc/Senar e a Associação Brasileira de Angus e Ultrablack, que prevê a distribuição de 15 mil doses de sêmen Angus aos produtores atendidos pela ATeG Pecuária de Corte. O objetivo é ampliar o acesso à genética de alta eficiência, especialmente para pequenos e médios produtores, fortalecendo a produtividade e a sustentabilidade das propriedades rurais.
O presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, lembrou que a iniciativa consolida um trabalho iniciado em 2016, quando a ATeG foi implantada em Santa Catarina. “Por uma coincidência feliz, foi neste mesmo salão, no ano passado, que conhecemos o presidente da Associação de Angus, apresentado pelo criador catarinense Nelson Serpa. Concretizamos aquilo que começou como uma ideia, uma parceria que representa continuidade no melhoramento genético catarinense. Desde 2016, a ATeG vem transformando a realidade de centenas de produtores e agora demos mais um passo com a entrega das primeiras doses de sêmen”, destacou Pedrozo.
Pedrozo ressaltou, ainda, que o foco é estimular o desenvolvimento dos pequenos e médios produtores, democratizando o acesso à inseminação artificial em tempo fixo (IATF). “Queremos prestigiar quem tem menos recursos. Os grandes já conhecem e utilizam essa tecnologia, mas nosso papel é garantir que os pequenos também tenham oportunidade de evoluir. Essa é a essência do Senar/SC, ou seja, levar conhecimento, técnica e inovação ao campo”, completou.
As doses serão distribuídas de forma gratuita aos pecuaristas acompanhados pela ATeG, priorizando os pequenos e médios produtores rurais, que muitas vezes não têm acesso às tecnologias de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). O objetivo é promover a democratização do melhoramento genético, aumentar a eficiência produtiva e garantir maior rentabilidade e sustentabilidade nas propriedades.
O vice-presidente da Faesc, vice-presidente do conselho deliberativo do Sebrae/SC e presidente da Associação do Novilho Precoce de SC, Antônio Marcos Pagani de Souza, reforçou a importância do momento para a pecuária catarinense. “Essa parceria entre a Angus Nacional, a Faesc e o Senar/SC vai transformar o rebanho catarinense. As doses de sêmen de animais melhoradores permitirão produzir bovinos mais precoces e com carne de qualidade superior, gerando mais rentabilidade e sustentabilidade. A raça Angus é reconhecida mundialmente e essa iniciativa representa o sucesso da pecuária de corte de Santa Catarina”, afirmou Pagani.
O presidente da Associação Brasileira de Angus e Ultrablack, José Paulo Cairoli, elogiou o protagonismo do Sistema Faesc/Senar na condução do projeto. “Nós, da Associação, vemos com extrema importância essa iniciativa. É uma ideia fantástica da Faesc e do Senar, que merece ser valorizada e replicada em outros estados. A preocupação das instituições catarinenses com o produtor e com a melhoria genética é fundamental para o crescimento da pecuária nacional”, ressaltou Cairoli.
O superintendente do Senar/SC, Gilmar Antônio Zanluchi, ressaltou que a entrega das primeiras doses de sêmen, reforça compromisso das instituições parceiras com a inovação, a sustentabilidade e o fortalecimento da cadeia produtiva da carne bovina em Santa Catarina. “O projeto deve gerar resultados diretos na eficiência produtiva, na qualidade dos rebanhos e na competitividade do setor, e poderá servir de modelo para ser ampliado a outros estados brasileiros”.
Também destacaram a importância da iniciativa o presidente do Sindicato Rural de Chapecó, Luiz Carlos Travi, e a coordenadora estadual da ATeG, Paula Coimbra Nunes.
