Em queda desde agosto, o Índice de Custo Alimentar Ponta (ICAP) apresentou baixa de 10,54% no Centro Oeste e de 2,79% no Sudeste em setembro.
Os custos de confinamento registraram mais uma queda em setembro, acompanhando a maior oferta interna de milho e maior concorrência enfrentada pelos produtores brasileiros no mercado internacional de grãos. Em queda desde agosto, o Índice de Custo Alimentar Ponta (ICAP) apresentou baixa de 10,54%no Centro Oeste, a R$ 12,65 cabeça/dia, e de 2,79% no Sudeste, a R$ 12,18 cabeça/dia.
Em boletim mensal, a Ponta Agro, responsável pelo ICAP, destaca que os EUA também colhem uma safra volumosa de milho, estimada em 427 milhões de toneladas pelo Departamento de Agricultura do país, o que ajuda a aliviar a pressão de custos da pecuária intensiva.
“O mercado ainda carrega os reflexos da safra recorde de grãos, que ampliou a disponibilidade de insumos e seus coprodutos no mercado interno, aliviando os custos das dietas dos confinamentos brasileiros”, afirma o boletim.
No Centro-Oeste, os custos dos alimentos volumosos, proteicos e energéticos, caíram 16,94%, 13,60% e 2,94%, respectivamente. Com isso, o custo por tonelada de matéria seca da dieta de terminação ficou em R$ 1.069,35, queda de 14,12%., segundo a Ponta Agro.
No Sudeste, o preço médio dos insumos energéticos e proteicos caíram 6,41% e 5,31%, respectivamente, derrubando o custo da dieta de terminação para R$ R$ 1.130,79 por tonelada de matéria seca no Sudeste em agosto, queda de 6,46% em relação a média do trimestre de junho a agosto.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, os custos de confinamento acumulam alta de 2,7% na região Sudeste e queda de 6,5% no Centro-Oeste. Segundo a Ponta Agro, diferença se deve ao efeito prolongado da safra recorde no Centro-Oeste enquanto, no Sudeste, a menor disponibilidade local de milho associada a alta dos preços de insumos específicos sustenta os custos em patamares mais elevados do que no ano passado.
Considerando os valores apontados pelo indicador, a Ponta Agro estima um custo total de R$ 185,64 por arroba no Centro-Oeste e de R$ 193,34 no Sudeste, com margem de lucro superior a R$ 840 nas duas regiões.