O preço do leite captado em maio fechou a R$ 2,6431/litro na “média Brasil”, com quedas de 3,9% frente ao abril/25 e de 7,4% em relação ao de maio/24, em termos reais (deflacionamento pelo IPCA de maio).
Apesar de atípica para o período, a baixa nos valores pagos ao produtor era esperada pelos agentes do setor e ocorre em função do aumento da oferta e do enfraquecimento na demanda por lácteos na ponta final da cadeia. O ICAP-L (Índice de Captação do Leite) subiu 1,13% de abril para maio na “média Brasil”, superando o crescimento registrado em anos anteriores em muitas bacias leiteiras.
Esse avanço é explicado por uma série de fatores, a começar pelos maiores investimentos dos produtores na atividade, devido a margens mais interessantes no último semestre. Pesquisas do Cepea mostram que, mesmo com a alta de 0,55% no Custo Operacional Efetivo (COE) de junho na “média Brasil”, os insumos voltados à nutrição do rebanho apresentaram recuo de 0,37%.
Se, de um lado, os preços no campo estão caindo por conta do aumento da oferta, de outro, a demanda por lácteos não tem crescido pari passu a ponto de sustentar as cotações. Em junho, o mercado de derivados registrou comportamentos distintos a depender do produto, com baixas para o leite em pó, alta para muçarela e estabilidade para o UHT.