Ainda que sejam preliminares, os valores apontados para frango, boi e suínos vivos em setembro corrente não devem sofrer maiores alterações no fechamento do mês. Nem correm o risco de voltar a apresentar algum resultado negativo. Ou seja: pela primeira vez em meses, os resultados do setor estão sendo todos positivos.
Em termos de variação mensal, o maior destaque cabe ao frango vivo que, desde maio passado, vinha apresentando resultados negativos. Em setembro – e sobretudo nas três primeiras semanas do mês – passou a ser fortemente demandado, com isso registrando ganho de cerca de 10% sobre o mês anterior.
Embora mais moderada, foi igualmente significativa a evolução de preços do suíno vivo, cujos preços no mês tendem a ficar pelo menos 6% acima do alcançado no mês passado. Já os preços do boi em pé tiveram comportamento oposto aos do frango, seus preços refluindo continuamente no decorrer do mês. Ainda assim, devem fechar setembro com relativa estabilidade em relação a agosto.
Comparativamente ao mesmo mês do ano passado o boi sai na frente, pois alcançou no mês valor pelo menos 20% superior ao de um ano atrás.
De toda forma, os ganhos do frango não estão sendo desprezíveis, pois, com a recuperação observada no mês, o preço alcançado valorizou-se quase 11% em relação a setembro de 2024.
O suíno vivo, por seu turno, obtém valorização próxima de (mas ainda inferior a) 4%, com isso registrando variação aquém da inflação acumulada nos últimos 12 meses (5,32% pelo IPCA-15 de setembro corrente).
Em relação ao valor médio alcançado nos nove primeiros meses do ano, o grande destaque continua com o boi em pé, cuja cotação vem sendo, até aqui, um terço maior que a de idêntico período do ano passado. Não custa rememorar, de toda forma, que o valor alcançado se encontra acima, somente, do que foi registrado nos mesmos períodos de 2023 e 2024. Ou seja: permanece aquém dos valores recordes de 2022.
O suíno também apresenta forte valorização, mas seu ganho no ano corresponde a quase metade do alcançando pelo boi: perto de 18,40%. Já o frango, graças ao melhor desempenho no 1º quadrimestre do ano (isto é, antes que ocorresse o caso de IAAP na avicultura comercial), ainda alcança valor médio mais de 12% superior ao dos mesmos nove meses de 2024.