Considerado o número de embarques do mês (contabilizados segundo os dias úteis), novembro foi muito mais curto que outubro: quatro dias úteis a menos. Daí as exportações de carnes do período terem apresentado resultados mais modestos que os do mês anterior.
Porém, alguns resultados foram negativos também em relação ao mesmo mês do ano passado, ainda que os dois meses tenham tido o mesmo número de dias úteis, 19 ao todo. Assim, apenas a carne bovina continuou registrando avanços, pois obteve aumento anual de quase 40% no volume embarcado, de 13% no preço médio e, como corolário, de quase 58% na receita cambial.
A despeito de desfrutar de melhores perspectivas, a carne de frango ainda não conseguiu reverter o quadro negativo que vem marcando suas exportações desde o episódio de IAAP na avicultura comercial. Fechou novembro com volume mais de 8% menor que o de um ano antes, desempenho acompanhado de uma redução de 5,6% no preço médio. Disso resultou uma receita mais de 13% inferior à de novembro de 2024.
Desta vez, a carne suína acompanhou a carne de frango. O volume embarcado no mês recuou quase 14% e, mesmo assim, não conseguiu manter o preço médio anterior, que recuou 1,6%. O efeito foi uma receita cambial mais de 15% menor que a de um ano atrás.
Apesar dos retrocessos no mês, no acumulado do ano a carne suína mantém resultados positivos nos três indicadores: volume, preço e receita cambial. Que, em 11 meses, aumentaram, respectivamente, 10,8%, 7% e 18,5%.
Claro, o desempenho da carne bovina é bem superior, pois o volume embarcado no ano aumentou perto de 19%, sendo acompanhado de uma valorização de mais de 17% no preço médio, desempenhos que conduzem a um aumento de quase 40% na receita cambial.
O “patinho feio” continua sendo a carne de frango. Mas com perdas mínimas que, agora, tendem à reversão. Assim, o volume embarcado em 11 meses é menos de 1% inferior ao do mesmo período de 2024, enquanto o preço médio apresenta retração que não chega a 3%. Como efeito, a queda de receita se encontra abaixo dos 4%.
