As exportações de carne bovina seguem sendo o principal fator de sustentação do mercado em meio ao aumento da oferta de animais prontos para o abate, aponta o Agro Mensal, relatório divulgado pela Consultoria Agro do Itaú BBA.
De acordo com o IBGE, os abates cresceram 7% no terceiro trimestre, com destaque para setembro, que registrou alta de 13% na comparação anual. Dados preliminares do Serviço de Inspeção Federal (SIF) indicam que outubro manteve ritmo intenso, com avanço próximo de 15% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O estudo destaca que as boas margens obtidas pelos confinadores ao longo do ano — especialmente aqueles que utilizaram ferramentas de gestão de risco — estimularam o envio de um volume expressivo de gado terminado, reforçando a oferta no final do período seco.
O contrato futuro de outubro chegou a ser negociado acima de R$ 330 por arroba durante boa parte dos meses de março a agosto, encerrando outubro em R$ 317/@, reflexo da atratividade da engorda intensiva no período.
Mesmo com as exportações aquecidas, o aumento expressivo dos abates ampliou a disponibilidade interna de carne, acima do padrão típico da época. Ainda assim, o boi gordo apresentou reação positiva no início de outubro, com alta de 5,6% até meados de novembro.
A carcaça casada teve valorização ainda maior, avançando 7,9% no mesmo intervalo.
Segundo o Itaú BBA, o setor entra no final do ano com fundamentos sólidos:
-
Oferta elevada de animais terminados,
-
Exportações robustas e sustentadas,
-
Mercado interno tendendo ao equilíbrio, impulsionado pelo retorno das chuvas e pela melhora das pastagens.

















































