Nada fora do previsto. Em maio, com o caso de IAAP na avicultura comercial, as exportações de carne de frango sofreram retração, enquanto as das carnes bovina e suína seguiram o ritmo normal, ou seja, com incremento.
No gráfico abaixo, o volume e a receita são apresentados como média diária. Mas como maio passado teve o mesmo número de dias úteis de maio de 2024, os índices de variação registrados correspondem também aos índices de variação mensal. Assim, a carne de frango – com 17.291 toneladas/dia e 363.108 toneladas/mês – enfrentou queda anual de volume não muito distante dos 15%.
A carne bovina, por sua vez, registrou aumento de volume muito discreto, inferior a 3%, índice que correspondeu a embarques de 10.384 toneladas/dia e 218.074 toneladas/mês.
Já a carne suína teve expansão mais significativa, com incremento de 15,62% sobre maio do ano passado. Assim, embarcou no período 105.938 toneladas, volume equivalente a 5.045 toneladas diárias.
No tocante ao preço, as três carnes registraram evolução. Mas o aumento mais significativo ficou reservado para a carne bovina, cujo preço aumentou perto de 15,5% e – pela primeira vez nos últimos 30 meses – chegou à casa dos US$5.200,00/tonelada.
De toda forma, o desempenho da carne suína não ficou muito distante: seu preço aumentou, praticamente, 13% e chegou aos US$2.589,83/tonelada, valor que não era registrado há, praticamente, quatro anos, ou seja, desde julho de 2021.
Com o registro da IAAP, a carne de frango viu seu preço retroceder em relação ao mês anterior. Mesmo assim continuou sendo negociada acima de US$1.800/tonelada, seu preço médio no mês (US$1.802,94/t) representando aumento de 1,76% sobre maio de 2024.
A dupla queda – no volume e no preço – fez com que a receita da carne de frango em maio ficasse ligeiramente aquém dos US$655 milhões, resultado que significou redução de quase 13% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Por seu turno, as carnes bovina e suína obtiveram aumentos expressivos na receita. A bovina de quase 19%, o que significou valor superior a US$1,130 bilhão. A suína, de mais de 30%, índice que conduziu a uma receita próxima dos US$275 milhões.
Completados os cinco primeiros meses de 2025, as três carnes permanecem com aumento no volume e na receita cambial. No tocante ao volume, o maior avanço em valores relativos (+16,79%) é o da carne suína (508,3 mil/t), vindo a seguir a carne bovina (+10,56% e, aproximadamente, 1,050 milhão/t). O da carne de frango (2,095 milhões/t) aumentou apenas 4,13%, mas ainda corresponde a 57% do volume total das três carnes.
Já no tocante à receita (perto de US$3,784 bilhões), a participação da carne de frango cai para menos de 40% da receita total, pois a liderança (50,91%, pouco mais de US$5,250 bilhões) continua com a carne bovina. A carne suína, com receita acumulada de US$1,278 bilhão) respondeu pelos restantes 12%