Ainda que persistam embargos e tarifaços, as exportações brasileiras de carnes caminham a todo vapor. Transcorrida menos da metade do mês (em termos de dias úteis, 10 de um total de 22 dias úteis), as três carnes acumulam embarques que superam 50% do total exportado há um ano.
Sob esse aspecto, o melhor desempenho em termos relativos vem sendo o da carne suína que, pela média diária, registra aumento de volume de quase 25% em relação a setembro de 2024. Vem na sequência a carne bovina, cujo volume atual é cerca de 15% maior – a despeito do tarifaço norte-americano. Por fim, o volume de carne de frango (sobre a qual ainda pesam os embargos de dois dos mais importantes mercados – China e União Europeia) vem sendo 9% superior ao de setembro de 2024, mês em que – é oportuno destacar – foi alcançado o segundo maior volume de produto in natura do ano que passou.
Pena, somente, que a carne de frango continue com evolução negativa no preço, pois o valor médio ora registrado permanece perto de 8% aquém do que foi registrado há um ano. Assim, continuam superiores os preços da carne suína (aumento de, aproximadamente, 2,5%) e, especialmente, os da carne bovina, cotada por ora por valor quase um quarto superior ao de setembro de 2024.
Os efeitos mais visíveis do bom desempenho da carne bovina são vistos na receita cambial, 42,5% superior à do nono mês do ano passado. Significativo, também, é o ganho da carne suína, cuja receita está 26% acima da obtida em setembro/24. Mas não menos desprezível é o ganho de 0,67% na receita cambial da carne de frango que, pela primeira vez desde meados de maio passado, dá claros sinais de estar a caminho da plena recuperação.