As exportações de carnes de frango fecharam a terceira semana de junho mantendo o mesmo comportamento observado desde a segunda quinzena de maio, ou seja, com franca evolução nos embarques das carnes bovina e suína e com retração nos de carne de frango. Aqui, no entanto, já surgem os primeiros sinais de reversão.
E quando se analisam os resultados das três primeiras semanas de junho, a carne bovina permanece como atração principal, pois seu volume, pela média diária, é mais de 25% superior ao registrado um ano atrás.
Como, paralelamente, esse aumento vem acompanhado de uma valorização de mais de 21% no preço médio, a receita decorrente já supera em mais de 52% o que foi auferido um ano atrás. Isto, pela média diária. Mas como junho de 2024 teve o mesmo número de dias úteis (20), índice mensal similar será registrado quando encerrado o período.
Em termos de volume, a carne suína vem registrando evolução ainda maior que a da carne bovina, visto que seus embarques aumentaram, até aqui, mais de 28% em relação a junho do ano passado. Mas embora também obtendo preços melhores, registra índice de valorização mais moderado:10,5%. Daí um aumento de receita (+41,65%) que mesmo sendo significativo, fica aquém do obtido pela carne bovina.
A avicultura do País só foi declarada livre da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) na última quarta-feira, 18 de junho. Assim, na semana que passou, ainda persistiram sobre a carne de frango os efeitos do primeiro caso de IAAP na avicultura comercial ocorrido pouco mais de 30 dias antes: pela média diária, queda de 21,5%, desempenho acompanhado de uma valorização anual de menos de meio por cento no preço médio e, por decorrência, uma receita cambial mais de um quinto menor que a de junho de 2024.
Transcorridos 70% do mês (ou seja: 14 de um total de 20 dias úteis), enquanto o volume de carne de frango não chega a 55% do que foi exportado há um ano, o das carnes bovinas alcança quase 90%. Ou seja: uma e outra fecha o sexto mês de 2025 com incremento anual.
No tocante à receita, a carne bovina já superou (em quase 7%) o que foi auferido um ano atrás, enquanto a receita da carne suína praticamente se iguala à de junho de 2024. Já a receita da carne de frango corresponde a 55% do auferido há um ano, neste mês.