Em julho, as carnes suína e de frango registraram movimentos opostos aos de um mês antes no mercado internacional, ou seja, a de frango, que havia caído, subiu; e a suína sofreu baixa.
A baixa de preço da carne suína ocorreu após cinco meses consecutivos de alta. Fato devido – segundo a FAO – à queda das cotações na União Europeia, onde a ampla oferta doméstica coincidiu com o baixo interesse de compra global.
Já a carne de frango, que desde o último trimestre de 2024 vinha numa baixa quase contínua, experimentou em julho breve alta de preços, os quais – palavras textuais da FAO – “foram impulsionados pelos preços mais altos de exportação do Brasil, após a flexibilização das restrições e a retomada gradual das importações por vários parceiros comerciais importantes, depois que o Brasil recuperou seu status livre de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em meados de junho”.
Mas enquanto o preço da carne de frango aumentou pouco mais de meio por cento e o da carne suína recuou mais de 1,5%, o incremento médio das carnes no mês foi superior a 1%. Graças a quem? Naturalmente, à carne bovina. Cujos preços, conforme a FAO, atingiram novo recorde, como efeito uma demanda (principalmente da China e dos EUA) superior à oferta, situação que favoreceu sobretudo a Austrália, mas também contribuiu para preços mais firmes no Brasil.
Em resumo, se nos últimos 12 meses o preço médio das carnes no mercado internacional experimentou valorização de pouco mais de 6%, foi devido, exclusivamente, à carne bovina (cujos preços aumentaram 12,74%), porquanto os preços da carne suína permaneceram estáveis (recuo de apenas 0,37% em um ano), enquanto os da carne de frango acumularam retração de 2,68%.