Mercado de boi gordo em queda preocupa pecuaristas

o decorrer deste ano, o mercado de boi gordo tem enfrentado uma queda significativa, refletida pelo Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3, no estado de São Paulo, que já acumula uma redução de quase 10%. Essa tendência preocupante tem levado os pecuaristas a adotarem medidas para limitar a oferta de animais para abate desde o final do mês de março.
Um dos principais fatores contribuintes para essa situação é o estado insatisfatório das pastagens em diversas regiões do país, o que tem dificultado a obtenção de animais prontos para o abate com base apenas em alimentação a pasto.
A situação se agrava com o ritmo lento do mercado atacadista da Grande São Paulo. Relatórios do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontam que o comércio de carne com osso permanece em um ritmo lento, sem pressionar os frigoríficos, que mantêm suas escalas de produção em níveis confortáveis.
Entretanto, há uma luz no fim do túnel com relação às exportações. Após uma queda entre os meses de fevereiro e março, as exportações de carne bovina in natura retomaram o crescimento em abril. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) revelam que, apenas na primeira semana do mês, o Brasil exportou 54,7 mil toneladas desse produto, o equivalente a mais de 10 mil toneladas por dia.
Essa retomada nas exportações pode trazer algum alívio aos pecuaristas, especialmente aqueles do estado de São Paulo, caso o ritmo de demanda dos frigoríficos se intensifique. No entanto, a situação continua sendo monitorada de perto pelos envolvidos no setor, diante das incertezas e desafios que o mercado enfrenta.